Procissão de Corpus Christi (1960)

Telas que ilustram a Procissão de Corpus Christi em Lisboa no século XV realizados para o Ministério das Corporações
(tempera e óleo sobre tela, com cerca de 2,50 m x 3,20 m)

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O conjunto desta obra procura evocar a Procissão de Corpus Christi nos começos do séc. XV, em Lisboa. Segue-se um pouco Herculano, com as necessárias adaptações provocadas por estudos posteriores e, principalmente, por imposições de ordem estética e plástica.

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Num dos painéis figura-se a organização do préstito, à saída da Sé patriarcal, de cujo pórtico desce o cortejo religioso, com os prelados, clérigos e frades. Esperando a sua altura de se incorporarem no saimento vêem-se as representações de alguns mesteres, como os besteiros e arqueiros com a imagem de S. Sebastião, os armeiros com S. Jorge e o dragão, os ourives com as suas torres, os cordoeiros, sapateiros, tanoeiros, atafoneiros, etc., com as suas insígnias e pendões, e a casa dos Vinte e Quatro com a sua bandeira. Em contraste, um grupo chocarreiro de foliões.

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No outro painel, que faz "pendant" com este, figura-se a procissão nos terrenos do Rossio de Valverde, localizado pela Igreja gótica de S. Domingos e o Convento; nele se vêem com suas bandeira, outros mesteirais, como os oleiros, os vidreiros, os alfaiates com a sua serpe, os padeiros, esparteiros, peliteiros, os calafates e carpinteiros com a nau, os galeotes com a galé, os gigantões, os da luta e as pélas, os jograis no meio deles, e entre todos, os Cavaleiros das Ordens Militares e El-Rei D. João, sob o pálio.



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