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Obras de grandes dimensões

 

Painéis da Escadaria do Palácio de S. Bento (1944)

Descrição na biografia

 

Óleos sobre tela

 

Tríptico do lado da Assembleia Nacional

 

As Cortes de Leiria (Séc. XIII)

 

        Pela primeira vez se pode assegurar a presença nas Côrtes dos representantes do Povo – os Procuradores dos Conselhos, os primeiros Deputados.

        Além do Clero, com as suas insígnias – as Cruzes, os Báculos e as Mitras –, da Nobreza, com as suas armas – as espadas, as lanças e os escudos –, pela primeira vez aparece o Povo com os seus direitos assegurados e escritos, nos Forais.

Cortes Medievais

(Colocar o cursor na zona a ampliar)

Painel da esquerda:

O Clero

Ocupa, em relação aos Nobres, ao Rei e ao Povo, o lugar que sempre ocupou nas Côrtes Portuguesas, segundo as plantas mais antigas.

Representam-se neste painel, junto da capela de S. Pedro, os Arcebispos, os Bispos, o Abade de Alcobaça, os diáconos, os Mestres das Ordem Militares de Santiago, do Templo e de Aviz (ainda então com a cruz encarnada), o Prior da Ordem do Hospital, o Prior dos Pregadores (Dominicanos) e o Guardião dos Frades Menores (Franciscanos). Cruzes Procissionais, Pálio Rico, Círios, Caldeirinha e Incensário.

Painel do centro:

O Rei

e o Povo

O Rei D. Afonso III, de espada cingida e Ceptro na mão, sentado no seu Trono, rodeado dos funcionários do seu Palácio: o Canciller, o Superjudex, o Alferes-menor, o Vice-mordomo, o Reposteiro-Mor, o Capelão e os Físicos, segundo as práticas leonesas e a maneira francesa, que o "Bolonhez", após a sua longa permanência na Côrte de Paris, não deixaria de adoptar em Portugal.

No primeiro plano, conscientes da sua força nascente, os Procuradores dos Conselhos - os primeiros deputados -, com seus Forais na mão, instrumentos da sua força nascente.

Painel da direita:

A Nobreza

Os Ricos-Homens, os Infanções, os Cavaleiros, os Escudeiros e os Condes, com suas armas e suas signas, os seus pendões, as suas flâmulas e os seus estandartes. Os Falcoeiros e os Págens, com os rafeiros do Alentejo e os molossos de Castro Laboreiro.

Ao fundo, o Castelo de Leiria – ainda então românico.

 

 

Tríptico do lado da Câmara Corporativa

 

Alegorias à Indústria, à Arte, Ciência e Humanidades,

à Agricultura e Comércio (Séc. XV)

 

      A grande tradição corporativa encontra-se, iconograficamente, mais documentada no Século XVI. Porém, para assegurar maior unidade aos dois Trípticos, eu quis ainda neste, manter o caracter medievo. Suponho que não será difícil de imaginar enquadrada no final da Idade Média a gente que se escolheu para animar a parede.

Cortes Medievais

(Colocar o cursor na zona a ampliar)

Painel da esquerda:

A agricultura

A Lavra, a Sementeira, os Gados, os Frutos. É indispensável cingirmo-nos às coisas, aos produtos e aos animais possíveis da época e à verosimilhança e simultaneidade dos factos representados.

De todos os elementos iconográficos e etnográficos, julgo serem os deste Painel os mais seguros; São alguns copiados de objectos e alfaias contemporâneos que condizem, em absoluto, com os documentos da época, como o velho arado romano, os ceifões, a enxada, o jugo, e, como o cesto, certamente o tarro também.

Painel do centro:

A indústria

O Pescador, o Ferreiro, a Fiandeira, o Carpinteiro, o Cordoeiro, o Alvanéo, o Sapateiro, o Oleiro, o Cerieiro, o Atafoneiro, o Armeiro, o Padeiro, o Sombreireiro, o Alfaiate, etc, com as suas insignias e bandeiras.

Ao centro, o Arquitecto, representando, talvez, a Arte e a Ciência, e o Letrado, que simbolizará os estudos das Humanidades e da Filosofia.

Centrando o Painel e o Tríptico, a imagem de São Vicente, patrono de Lisboa; da Lisboa já então, e definitivamente, cabeça da Nação.

Painel da direita:

O comércio

Os Mercadores do Norte e do Levante, com os seus cofres, os seus potes de especearias, as suas jóias e as suas fazendas; os Vinhos e os Cereais que se exportam; As Urcas e as Naus de Comércio e os Transportes terrestres.

 

 

Ver a Memória Descritiva

 

 

Ver mais sobre Escadaria Nobre do Palácio de S. Bento

 

 

Alguns estudos para a realização destes painéis

 

Ver Relação dos 145 estudos feitos para as pinturas decorativas da

Escadaria Nobre do Palácio da Assembleia Nacional em PDF

 

Maquete do tríptico de "As Cortes de Leiria"

(Estudo nº 1 - escala 1:20)

 

Maquete do tríptico da "Alegorias à Indústria, à Arte,

Ciência e Humanidades, à Agricultura e Comércio"

(Estudo nº 2 - escala 1:20)

 

 

Alguns estudos de cabeças e figuras

 

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ARTIGOS DE JORNAIS

 

1944-04-03 - DIÁRIO DE MANHÃ,  por Fernando de Pamplona

 

1944-04-03 - DIÁRIO POPULAR,  por Luís Reis Santos

 

1944-04-03 - DIÁRIO DE NOTÍCIAS

 

1944-04-03 - DIÁRIO DE LISBOA,  por Artur Portela

 

1944-04-04 - DIÁRIO DE NOTÍCIAS

 

1944-04-07 - DIÁRIO DE LISBOA (foto)

 

1944-04-08 - DIÁRIO DE MANHÃ,  por Luís Reis Santos

 

1944-04-29 - A DEFESA, Évora

 

1944-07-20 - ACÇÃO,  por Franz-Paul Langhans

 

1945-05-10 - ACÇÃO,  por Fernando de Pamplona (foto)

 

 

Curiosidade:

 

A única imagem feminina

representada é a de

Guida Otolini,

sobrinha do pintor

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