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Obras de grandes dimensões

 

Frescos do Palácio de Justiça de Santarém (1954)

(5.00 m x 25.00 m)

 

Descrição na biografia

 

Cortes de Almeirim

   m07.jpg (20280 bytes)

(Reprodução a preto e branco)

 

Painel da esquerda:

Painel do centro:

Painel da direita:

A votação dos Nobres

A notificação do Bispo de Leiria

e a reacção de Febo Moniz

e dos procuradores

A fuga de D. António,

alimentada e guiada

pelo povo

 

     Em 1580 morreu na batalha de Alcácer Kibir o jovem Rei D. Sebastião, sem deixar filhos. Sucedeu-lhe seu tio, o velho e doente cardeal D. Henrique, que também não tinha descendência nem possibilidade legal ou física de a ter.

        O Rei Filipe II de Espanha faz valer os seus direitos de parente próximo e quer reinar em Portugal. Há reacção do povo mas parte da nobreza, corrompida, é a favor do Rei espanhol.

        Reúnem-se as Cortes de Almeirim, perto de Santarém, e continuaram em várias sessões a reunir-se nesta cidade. Dos 28 nobres que tinham voto, falta um deles e dos restantes, 14 votam por D. Filipe II e 13 contra. O clero também estava dividido, e Bispo de Leiria servia o emissário das cortes para o Cardeal e deste para aquelas. Volta com a resposta do Cardeal, sempre doente, fraco e hesitante, a qual corresponde a deixar o reino a Filipe II. Levanta-se indignado o procurador do Povo Febo Moniz e com ele toda a representação popular, mas não consegue nada.

        O povo queria um rei português, D. António, Prior do Crato. Chegou a aclamá-lo em Santarém, mas a vitória de D. Filipe obriga-o a fugir através do país, percorrendo alguns centos de quilómetros até embarcar na Galiza, para o estrangeiro. Entretanto, e apesar da miséria geral do povo, e da bolsa de 80.000 cruzados para quem o entregasse, era reconhecido pela população que o guiava e acarinhava através da sua longa fuga. Ninguém o traiu.

 

 

Outra informação (obtida em Wilipédia)

 

     Nas Cortes de Almeirim de 1580, iniciadas a 11 de Janeiro de 1580, questionava-se o direito da nomeação de sucessor ao trono de Portugal: seria o cardeal-rei D. Henrique quem nomeava ou o povo? Espalhava-se a opinião pública sobre o direito do povo nesta matéria. D. Diogo de Salema, vereador da cidade de Lisboa e provedor da Saúde, instigava o povo para que se afirmasse nesta decisão.

     Sabe-se que os nobres e prelados ficaram aposentados em Almeirim, enquanto que os procurados dos concelhos tiveram de ir para Santarém por falta de alojamento. As sessões foram realizadas no Convento de São Francisco.

     Nestas cortes, comunica o bispo de Leiria, D. António Pinheiro, às cortes do clero e nobreza que el-Rei estava decidido a fazer um acordo com Filipe II de Espanha; a assembleia concordava. Em Santarém, a resolução do rei inquietava os representantes do povo que designavam que o presidente desta assembleia, Febo Moniz, iria pedir audiência ao cardeal.

     A 16 de Janeiro, o cardeal recebe Febo Moniz em entrevista que, segundo consta, foi bastante dura. O segundo insistia com o monarca pela designação de um príncipe português para o trono, enquanto o cardeal desconfiava da insistência por uma presumível aliança com D. António, Prior do Crato. Além do mais, D. Filipe prometia grandes e proveitosos privilégios ao reino. Febo Moniz deixa assim a entrevista com a resposta de que os representantes dos concelhos preferiam «de antes morrer todos do que obedecer a el-rei de Castela».   (ver mais)

 

Alguns estudos

Painel da esquerda: A votação dos Nobres

 

 

 

Painel do centro: A notificação do Bispo de Leiria

e a reacção de Febo Moniz e dos procuradores

 

 

 

 

 

    

 

    

 

    

 

 
 

 

Painel da direita: A fuga de D. António, alimentada e guiada pelo povo