Ponto importante no estudo e desenho de letras, foi o estudo da lápide da base da coluna de Trajano, aquando em Roma, em 1950-1951 (concretamente no Domingo 18 de Fevereiro de 1951), quando pintava o fresco do altar votivo de Nossa Senhora de Fátima na Basílica de Santo Eugénio.
Base da coluna de Trajano, no Foro Trajano de Roma, em 1950
![]() Martins Barata a decalcar a lápide da base da coluna de Trajano
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O decalque foi feito em papel de cenário,
fixado, e pendurado numa das paredes
do atelier de trabalho.
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Este tipo de letra usado na lápide, considerado expoente máximo da escrita romana monumental, foi estudado por muitos tipógrafos, em especial por Frederic W. Goudy (1865-1947), e deu origem a vários tipos de letra TRAJAN, nome da coluna onde se encontra.
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Na célebre inscrição na Coluna de Trajano:
(esplendor do tipo de letra Capitalis Monumentalis) podemos ler:
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SENATVS·POPVLVSQVE·ROMANVS
IMP·CAESARI·DIVI·NERVAE·F·NERVAE TRAIANO·AVG·GERM·DACICO·PONTIF MAXIMO·TRIB·POT·XVII·IMP·VI·COS·VI·P·P AD·DECLARANDVM·QVANTAE·ALTITVDINIS MONS·ET·LOCVS·TANT<IS·OPER>IBVS·SIT·EGESTVS |
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Que se pode traduzir por:
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O Senado e o Povo Romano
(subentende-se dão ou dedicam esta coluna)
ao imperador César, filho de Nerva,
Pontifex maximus no seu 17º ano no tribuno, tendo sido aclamado seis vezes Imperador,
seis vezes Cônsul, Pater Patriae,
para demonstrar a grande altura a que o monte se encontrava
e foi removido para tais grandes trabalhos
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Ver Reportagem "A fabulosa Coluna de Trajano em Roma" no National Geographic