(Inaugurado em 31-10-1966)
(Dimensões: 3,25 m x 6,36 m)
(Maquete)
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Descrição:
A evocação de Viriato deve considerar-se como uma interpretação da estrofe do poema "Viriato trágico" de Brás Garcia de Mascarenhas (1596-1656), natural da Avó (Oliveira do Hospital), que a seguir se transcreve.
"A turba pastoral, que prevenida
Estava, para seu recebimento,
Quando viu tanta Gente, & tão lusida,
Tão Guerreyro, & pomposo ajuntamento;
Pellos altos penhascos dividida
Com mudo, & vergonhoso acatamento,
Escolhida entre os rústicos penedos,
Seu Pastor sinalavão com os dedos."
(Viriato trágico, XI – 15)
O espírito desta interpretação foi guiado pelas seguintes palavras do Doutor Carlos de Mesquita, extraídas de um seu estudo crítico do Poema:
"Ao passo que a área das façanhas de Viriato se vai alargando, e que o seu prestígio e poder vão aumentando, fazendo-o passar de simples chefe de montanheses, amantes da independência, a um verdadeiro general e monarca, a epopeia barbara vai-se transformando num poema de Cavalaria, com amores, descantos nocturnos, desafios e torneios.
Quando Viriato, fatigado da guerra e sentindo a sua gente e os seus cavalos igualmente fatigados, resolve ir passar umas festivas férias às suas montanhas natais, aparece metamorfoseado num cortês, magnânimo Rei Artur.
A pintura do acanhamento rústico dos serranos à chegada do seu antigo companheiro, no meio de um deslumbrante cortejo, é um dos mais breves, mas sem dúvida um dos mais admiráveis quadros que o Poeta traçou."
A decoração procura assim, enaltecendo a ideia de justiça que se corporiza no Herói que defende a independência pátria, lembrar também o Poeta, natural da região, que cantou esse Herói.
Outra informação (obtida em Wikipédia)
Viriato (? – 139 a.C.) foi um dos líderes da tribo lusitana que confrontou os romanos na Península Ibérica. (ver mais)
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Estudo