1906 - Nasce na Amadora a 27 de Fevereiro.
1928 - Termina o curso de Belas Artes, com uma prova em escultura intitulada Abel e Caim.
1929 - Expôe pela primeira vez na Sociedade Nacional de Belas Artes, apresentando duas esculturas, Salomé, e a cabeça do pintor José Tagarro.
1930 - Ganha o concurso para um monumento aos mortos da Grande Guerra em Abrantes. Este monumento foi o primeiro fundido em cimento em Portugal.
1930/31 - Participa nos Salões dos Independentes, organizados na Sociedade Nacional de Belas Artes.
1931 - Obtém o primeiro prémio do júri para a selecção de um monumento aos mortos da Grande Guerra para Lourenço Marques, escultura que vem a ser entregue nesta cidade em 1935. Ganha ainda um concurso para uma estátua a D. João lI que vem a ser erguida na Avenida da Índia, em Lisboa.
1933 - Casa com Maria Helena Castelo Branco. Realiza o projecto de monumento ao Infante de Sagres, baixo-relevo, concebido em colaboração com os arquitectos irmãos Rebelo de Andrade.
1935 - A 18 de Agosto, vem a falecer com sua mulher num acidente de viação.
In A Casa Roque Gameiro, na Amadora
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Nasceu a 27 de Fevereiro de 1906.
Fez exame de admissão à Escola de Belas Artes em 1921, e terminou o curso em 1928 com a prova intitulada «Abel e Caim» classificada com 15 valores. Expôs pela primeira vez na S.N.B.A. em 1929 apresentando a estátua «Salomé» e a representação escultórica da cabeça do pintor José Tagarro, a qual foi adquirida para o Museu de Arte Contemporânea. Foi autor de monumentos aos mortos da Grande Guerra erguidos em Abrantes e em Lourenço Marques. Das obras que realizou na sua breve existência, a principal foi o projecto do monumento ao Infante de Sagres, cujo pormenor em tamanho definitivo foi levado à Exposição de Paris em 1938 e à de New York em 1939. Ruy Roque Gameiro faleceu com sua esposa num desastre de viação no dia 18 de Agosto de 1935, treze dias depois de seu pai. O espólio do artista foi pela família entregue à Escola de Belas Artes para instituir um prémio anual ao aluno mais distinto. No Museu Roque Gameiro encontra-se exposto o primeiro esboço do monumento ao Infante D. Henrique. In Publicação do Museu Roque Gameiro
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Nasceu em 27 de Fevereiro de 1906. Filho do mestre aguarelista Roque Gameiro.
Cursou a Escola de Belas Artes de Lisboa, onde foi aluno laureado.
Ao acabar o curso, destacou-se logo na primeira exposição a que concorreu, tendo-lhe sido adquirido, para o museu nacional de Arte Contemporânea, o busto do pintor José Tagarro.
São obras suas, além de vários bustos, o Monumento aos Mortos da Grande Guerra, em Lourenço Marques, outro em Abrantes, a estátua de D. João II, para a Câmara Municipal de Lisboa, e as figuras de cavaleiros orando, que faziam parte do projecto para o Monumento ao Infante D. Henrique.
Faleceu, com 29 anos de idade, em 18 de Agosto de 1935, num desastre que vitimou ao mesmo tempo sua esposa.
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Notável escultor contemporâneo (1906-1935), discípulo de Simões de Almeida (Sobrinho). Desapareceu em plena juventude, quando muito havia a esperar do seu raro talento. Modelou belas, fortes estátuas e soberbos baixos-relevos para um projecto de monumento ao Infante D. Henrique, a erguer em Sagres, da autoria dos arquitectos Carlos e Guilherme Rebelo de Andrade. Fez uma vigorosa estátua de D. João II sentado no trono e um esboceto para o baixo-relevo «Nun'Álvares Condestável», figura equestre.
Nas suas obras de evocação histórica, as figuras másculas e imponentes, de expressão grave e calma em que transparece o querer inquebrantável, têm a animá-las e a iluminá-las nobre espiritualidade e ardente idealismo: são, em suma, imagens de epopeia. Devem-se-lhe ainda admiráveis monumentos erguidos em Abrantes e Lourenço Marques aos Mortos da Grande Guerra de 1914-1918.
Representou com sensibilidade a figura feminina: a sua «Salomé», de corpo serpentino modelado com nervo, tem graça capitosa e estonteante. Revelou-se ainda excelente retratista em bustos de observação penetrante e de forte modelado, como o de José Tagarro (Museu de Arte Contemporânea).
Dele escreveu um pintor moderno, José Amaro Júnior, seu companheiro de ideal: «Rui Roque Gameiro foi um grande artista e uma grande alma. Viria a ser um grande escultor de Portugal. Ia a caminho do triunfo, aquele triunfo que só é grande quando se luta muito. José de Figueiredo, o esteta admirável e crítico ilustre, profetizava a sua consagração. O meio artístico e intelectual seguia-o com a inquietação de quem espera mais; o povo começava a adorá-lo e talvez até a compreendê-lo».
Bibliografia: Fernando de Pamplona — «Um Século de Pintura e Escultura cm Portugal»; «Exposição Retrospectiva da Obra de Roque Gameiro» (catálogo. 1946).
in Fernando de Pamplona:
DICIONÁRIO DE PINTORES E ESCULTORES
Portugueses ou que trabalharam em Portugal, Vol. IV
2ª Edição (actualizada) - Livraria Civilização Editora
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Ver:
♦ Publicação: O ESCULTOR RUY ROQUE GAMEIRO,
Subsídios crítico/biográficos, por José Amaro Júnior
Monumento em memória de Ruy e Maria Helena
Esboço
Em 1935
Nos dias de hoje, sob a IC 19